segunda-feira, 30 de novembro de 2009

UPP no PPG!!!!!






30/11/2009
19:37h
Estado ocupa complexo Pavão-Pavãozinho-Cantagalo
Por Julia de Brito

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse nesta segunda-feira (30/11), em coletiva à imprensa, realizada na sede da secretaria, na Central do Brasil, que ‘tudo está muito bem planejado’ para que as Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) sejam gradativamente instaladas nas comunidades cariocas. Segundo Beltrame, no caso da ocupação policial ocorrida hoje pela manhã no morro Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, pelos cálculos da equipe de segurança, 11 mil pessoas serão beneficiadas. Nos próximos dias, de acordo com o secretário, com a ocupação já realizada, a secretaria estabelecerá as novas etapas da missão que incluem ocupação temporária (continuidade da prisão de traficantes e marginais), e a fase da entrada dos novos policiais com formação comunitária. Na manhã de hoje, 300 policiais participaram da ação que prendeu uma pessoa, matou outra (que reagiu à prisão) e apreendeu duas pistolas e quatro granadas. A previsão é de que 250 policiais treinados se estabeleçam nas comunidades de Copacabana e Ipanema no processo de instalação da unidade pacificadora.

- A Polícia Militar iniciou mais uma ação para uma comunidade no projeto pacificação. Temos mais de 100 mil pessoas atendidas neste programa até agora. No Pavão–Pavãozinho e Cantagalo serão 11 mil pessoas beneficiadas. Nesta primeira fase começamos com uma ação mais intensa e, a partir da avaliação da rotina destes locais, vamos substituindo os policiais pelos capacitados para as UPPs. Já no ano que vem, teremos 3.300 policiais que serão colocados em outras unidades. Hoje, demos mais um passo e entendemos que fazer este planejamento, estabelecer toda uma logística para que isto aconteça, é fundamental - destacou.

O secretário de Segurança garantiu que as operações continuarão e lembrou os resultados positivos registrados nas cinco comunidades que já receberam UPPs. Ele ressaltou que o objetivo maior da ação não é o de acabar com o tráfico de drogas e a violência, pois existem ‘em todo o mundo’, mas garantir o direito de ir e vir da população, longe da ‘lógica do fuzil’, ‘do achincalhe de marginais exibindo armas’.


- A proposta não vai parar, é um aceno concreto de que nos preparamos para fazer isto e teremos um grande número de pessoas beneficiadas, pretendemos chegar a 30% das pessoas que sofrem hoje com a questão da lógica do território. Pode ser um número que as pessoas achem pequeno, mas 30% em dois anos, para quem nunca recebeu nada, é muito positivo. As unidades pacificadoras estão sendo a tônica da Secretaria de Segurança. É importante destacar que uma UPP pode atender mais de uma comunidade – acrescentou.

De acordo com comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, no ano que vem a PM estará com um efetivo maior devido aos cursos que estão sendo realizados para capacitar policiais.


segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CINE MUF

Sejam Bem Vindos!!!
mapa de localização: www.corpomovimento.org





sábado, 21 de novembro de 2009

Zumbi e a Capoeira

Zumbi (Alagoas, 1655Viçosa, 20 de novembro de 1695) foi o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.

A palavra Zumbi, ou Zambi, vem do africano quimbundo "nzumbi", e significa, grosso modo, "duende". No Brasil, Zumbi significa fantasma que, segundo a crença popular afro-brasileira, vagueia pelas casas a altas horas da noite;

Histórico

O Quilombo dos Palmares (localizado na atual região de União dos Palmares, Alagoas) era uma comunidade auto-sustentável, um reino (ou república na visão de alguns) formado por escravos negros que haviam escapado das fazendas, prisões e senzalas brasileiras. Ele ocupava uma área próxima ao tamanho de Portugal e situava-se onde era o interior da Bahia, hoje estado de Alagoas. Naquele momento sua população alcançava por volta de trinta mil pessoas.

Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado 'Francisco', Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa. Apesar destas tentativas de aculturá-lo, Zumbi escapou em 1670 e, com quinze anos, retornou ao seu local de origem. Zumbi se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos.

Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.

Quinze anos após Zumbi ter assumido a liderança, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho foi chamado para organizar a invasão do quilombo. Em 6 de fevereiro de 1694 a capital de Palmares foi destruída e Zumbi ferido. Apesar de ter sobrevivido, foi traído por Antonio Soares, e surpreendido pelo capitão Furtado de Mendonça em seu reduto (talvez a Serra Dois Irmãos). Apunhalado, resiste, mas é morto com 20 guerreiros quase dois anos após a batalha, em 20 de novembro de 1695. Teve a cabeça cortada, salgada e levada ao governador Melo e Castro. Em Recife, a cabeça foi exposta em praça pública, visando desmentir a crença da população sobre a lenda da imortalidade de Zumbi.

Em 14 de março de 1696 o governador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro escreveu ao Rei: "Determinei que pusessem sua cabeça em um poste no lugar mais público desta praça, para satisfazer os ofendidos e justamente queixosos e atemorizar os negros que supersticiosamente julgavam Zumbi um imortal, para que entendessem que esta empresa acabava de todo com os Palmares."

Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra. É também um dos nomes mais importantes da Capoeira[1].

A polêmica da escravidão pelas mãos de Zumbi

Alguns autores levantam a possibilidade de que Zumbi não tenha sido o verdadeiro herói de Palmares e sim Ganga-Zumba:

"Os escravos que se recusavam a fugir das fazendas e ir para os quilombos eram capturados e convertidos em cativos dos quilombos. A luta de Palmares não era contra a iniqüidade desumanizadora da escravidão. Era apenas recusa da escravidão própria, mas não da escravidão alheia.[...]"[2]

Segundo alguns estudiosos Ganga Zumba teria sido assassinado, e os negros de Palmares elevaram a categoria de chefe, Zumbi:

"Depois de feitas as pazes em 1678, os negros mataram o rei Ganga-Zumba, envenenando-o, e Zumbi assumiu o governo e o comando-em-chefe do Quilombo"[3]

Seu governo também teria sido caracterizado pelo despotismo:

"Se algum escravo fugia dos Palmares, eram enviados negros no seu encalço e, se capturado, era executado pela ‘severa justiça’ do quilombo"

Cronologia

  • Mais ou menos em 1600: negros fugidos do trabalho escravo nos engenhos de açúcar, onde hoje são os estados de Pernambuco e Alagoas no Brasil, fundam na serra da Barriga o Quilombo dos Palmares. Os quilombos, eram povoados de resistência, seguiam os moldes organizacionais da república e recebiam escravos fugidos da opressão e tirania. Para muitos era a terra prometida, um lugar para fugir da escravidão. A população de Palmares em pouco tempo já contava com mais de 3 mil habitantes. As principais funções dos quilombos eram a subsistência e a proteção dos seus habitantes, e eram constantemente atacados por exércitos e milícias.
  • 1630: Começam as invasões holandesas no nordeste brasileiro. O que desorganiza a produção açucareira e facilita as fugas dos escravos. Em 1644, houve uma grande tentativa holandesa de aniquilar com o quilombo de Palmares, que como nas investidas portuguesas anteriores, foi repelida pelas defesas dos quilombolas.
  • 1654: Os portugueses expulsam os holandeses do nordeste brasileiro.
  • 1655: Nasce Zumbi, num dos mocambos de Palmares, neto da princesa Aqualtune.
  • Por volta de 1662 (data não confirmada): Criança ainda, Zumbi é aprisionado por soldados portugueses e levado a Porto Calvo, onde é "dado" ao padre jesuíta António Melo. Este o batizou com o nome de Francisco. Zumbi passou a ajudar nas missas e estudar português e latim.
  • 1670: Zumbi aos quinze anos de idade foge e regressa a Palmares. Neste mesmo ano de 1670, Ganga Zumba, filho da Princesa Aqualtune, tio de Zumbi, assume a chefia do quilombo, então com mais de trinta mil habitantes.
  • 1675: Na luta contra os soldados portugueses comandados pelo Sargento-mor Manuel Lopes, Zumbi revela-se grande guerreiro e organizador militar. Neste ano, a tropa portuguesa comandada pelo Sargento-mor Manuel Lopes, depois de uma batalha sangrenta, ocupa um mocambo com mais de mil choupanas. Depois de uma retirada de cinco meses, os negros contra-atacam, entre eles Zumbi com apenas vinte anos de idade, e após um combate feroz, Manuel Lopes é obrigado a se retirar para Recife. Palmares se estendia então da margem esquerda do São Francisco até o Cabo de Santo Agostinho e tinha mais de duzentos quilômetros de extensão, era uma república com uma rede de onze mocambos, que se assemelhavam as cidades muradas medievais da europa, mas no lugar das pedras haviam paliçadas de madeira. O principal mocambo, o que foi fundado pelo primeiro grupo de escravos foragidos, ficava na Serra da Barriga e levava o nome de Cerca do Macaco. Duas ruas espaçosas com umas 1500 choupanas e uns oito mil habitantes. Amaro, outro mocambo, tem 5 mil. E há outros, como Sucupira, Tabocas, Zumbi, Osenga, Acotirene, Danbrapanga, Sabalangá, Andalaquituche.
  • 1678: A Pedro de Almeida, governador da capitania de Pernambuco, mais interessava a submissão do que a destruição de Palmares, após inúmeros ataques com a destruição e incêndios de mocambos, eles eram reconstruídos, e passou a ser economicamente desinteressante, os habitantes dos mocambos faziam esteiras, vassouras, chapéus, cestos e leques com a palha das palmeiras. E extraiam óleo da noz de palma, as vestimentas eram feitas das cascas de algumas árvores, produziam manteiga de coco, plantavam milho, mandioca, legumes, feijão e cana e comercializavam seus produtos com pequenas povoações vizinhas, de brancos e mestiços. Sendo assim o governador propôs ao chefe Ganga Zumba a paz e a alforria para todos os quilombolas de Palmares. Ganga Zumba aceita, mas Zumbi é contra, não admite que uns negros sejam libertos e outros continuem escravos. Além do mais eles tinham suas próprias Leis e Crenças e teriam que abrir mão de sua cultura.
  • 1680: Zumbi assume o lugar de Ganga Zumba em Palmares e comanda a resistência contra as tropas portuguesas. Ganga Zumba morre assassinado com veneno.
  • 1694: Domingos Jorge Velho e Bernardo Vieira de Melo comandam o ataque final contra a Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares e onde Zumbi nasceu, cercada com três paliçadas cada uma defendida por mais de 200 homens armados, após 94 anos de resistência, sucumbiu ao exército português, e embora ferido, Zumbi consegue fugir.
  • 1695, 20 de Novembro: Zumbi foi traído e denunciado por um antigo companheiro, ele é localizado, preso e degolado aos 40 anos de idade. Zumbí ou "Eis o Espírito", virou uma lenda e foi amplamente citado pelos abolicionistas como herói e mártir.
Tributo:

Atualmente, o dia 20 de novembro, feriado em mais de 200 cidades brasileiras, é celebrado como Dia da Consciência Negra. O dia tem um significado especial para os negros brasileiros que reverenciam Zumbi como o herói que lutou pela liberdade e como um símbolo de liberdade. Hilda Dias dos Santos incentivou a criação do Memorial Zumbi dos Palmares.

Capoeira: Patrimônio Imaterial do

Governador alerta para o racismo que ainda persiste no Brasil e defende ampliação da reserva de vagas para empresas como forma de superar desigualdades. Capoeira passa a ser Patrimônio Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

Governador Sergio Cabral

Rio - No dia em homenagem a Zumbi dos Palmares, a capoeira virou Patrimônio Imaterial do Estado do Rio. A assinatura da lei pelo governador Sérgio Cabral, transformando a expressão cultural em bem imaterial estadual, fez parte das festividades do Dia Nacional da Consciência Negra, realizadas ontem, no monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares, na Av. Presidente Vargas, no Centro. O projeto de lei, do deputado Gilberto Palmares (PT), foi aprovado quinta-feira pela Alerj. Cabral participou de uma roda de capoeira durante a festa.

O governador defendeu a política de cotas nas universidades públicas — que reserva vagas a estudantes de rede pública, negros, índios, deficientes e filhos de policiais, bombeiros e agentes penitenciários mortos — e a extensão do sistema às empresas. Ele comemorou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) de manter a lei que facilitou o acesso às universidades estaduais.

“Temos uma dívida com a raça negra que deve ser consagrada em políticas públicas”, disse o governador, citando como exemplo os EUA. “Se hoje nós temos negros nos EUA dirigindo grandes empresas, ganhando Oscars de melhor ator, presidindo o país, foi fruto de políticas públicas, de cotas, de garantias de oportunidades. Não há outra maneira”, disse Cabral.

Em seu discurso, o governador alertou: “No Brasil o conflito racial sempre foi camuflado. O Brasil teve a pior história da escravidão no mundo e passou o século XX dizendo que não tem racismo, mas no Brasil tem racismo. Temos que quebrar preconceitos, mas sem políticas públicas, sem lei que obriguem empresas e instituições a abrir espaço para que o povo negro tenha acesso, não há sucesso”.

O presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine), Paulo Roberto dos Santos, lembrou que a luta do movimento negro é pela inclusão social. “A importância deste evento, de podermos nos expressar, é uma demonstração da capacidade do nosso povo”, defendeu.



EMENTA:
DECLARA A CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
Autor(es): Deputado GILBERTO PALMARES


A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
RESOLVE:
Art. 1º - Declara a Capoeira como patrimônio imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

Art. 2º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.


Plenário Barbosa Lima Sobrinho, 30 de junho de 2009.






GILBERTO PALMARES
Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA
Trata-se de Projeto de Lei que "DECLARA A CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO."

O Estado e a Sociedade devem participar do esforço permanente da preservação da cultura popular brasileira. Tanto assim que esta participação está prevista na Constituição Federal, nas Constituições Estaduais e na Lei Orgânica de cada município brasileiro.
É importante preservarmos a cultura popular e o potencial da Capoeira como instrumento auxiliar do trabalho de promoção social e desenvolvimento comunitário de nossa sociedade.
A Capoeira envolve múltiplos aspectos, tais como: desportivos, educacionais, lúdicos, terapêuticos, artísticos e culturais, podendo ser utilizada como ARTE, DANÇA, LUTA ou JOGO, individualmente, em duplas ou conjuntos, através de movimentos ritmados e constantes, com agilidade, flexibilidade, domínio de corpo, destreza corporal, esquivas, insinuações e quedas, fazendo uso de qualquer parte do corpo, em especial pernas, braços e cabeça, tendo como movimento básico a ginga, podendo ainda ser praticada ou não com acompanhamento de instrumentos musicais.
A Capoeira tem interseções importantíssimas com as raízes históricas, sociais, filosóficas, políticas e culturais do povo brasileiro, constituindo-se por si só num sistema cultural próprio.Hoje, praticada em mais de 164 países, a Capoeira vem crescendo a cada dia. No Estado do Rio de Janeiro ela está presente em todos os municípios da Federação e daí a importância de seu tombamento como Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro.
Pelo exposto, conclamamos os representantes do Povo Fluminense a aprovarem a presente resolucao em vigor.